A Comissão da Verdade, a democracia e as críticas

  Desde o fim da ditadura militar, em 1984, o Brasil tem caminhado rumo a uma política de caráter mais democrático. Um dos exemplos desse novo rumo da política brasileira foi a criação da Constituição de 1988, que serviu (e ainda serve, embora hajam algumas falhas) para garantir maior liberdade de expressão e segurança para a população.E justamente com esse caráter mais democrático, temos acompanhado a criação da Comissão Nacional da Verdade.
   Essa comissão é formada por sete pessoas e tem como objetivo esclarecer os acontecimentos que se sucederam no tempo do Regime Militar, como torturas, mortes, desaparecimentos, além de auxiliar na busca por restos mortais de pessoas assassinadas durante o regime. Através dessa tarefa, a comissão colaborará com uma política mais transparente do nosso país. 
  Entretanto, tal comissão não poderá punir os criminosos da ditadura, devido a Lei da Anistia, de 1979, o que causa grande angústia em algumas pessoas. 
  Mas o que me deixou um pouco preocupado foi o tempo que se terá para analisar todos os documentos da época da ditadura para achar possíveis culpados e esclarecer as lacunas que restam: dois anos. Muitos reclamaram desse tempo, afirmando que seria muito pequeno e dizendo que se pesquisas menores demoraram mais que dois anos, quanto mais uma análise em todos os arquivos da época. Concordo com eles. Embora não saiba por quanto tempo deveria ser prorrogado esse período, creio que dois anos não será um tempo apropriado para a realização desse objetivo, que deverá ser bem mais completo do que qualquer outra análise já feita sobre esse fase da história do Brasil.
  Também soube que já há militares preocupados com a criação dessa comissão, dizendo que é provável que só será apresentada uma versão da história, e que esse assunto "abrirá uma ferida" na sociedade .
  Bem, ainda não é possível dizer quais serão os resultados apresentados. Mas acho que se para curar um machucado com raízes ainda mais profundas, é necessário abrir uma ferida na população de nosso país, então que ela seja aberta; e que enfim as perguntas que por tanto tempo estiveram sem respostas possam ser respondidas por completo.
 

Brasil: grande economia e grandes problemas

  Então é isso, entramos em mais um capítulo da História da Humanidade, entramos no ano de 2012. E quero justamente falar nesse post sobre a atual situação de nosso país.
  Entramos em 2012 como a sexta maior economia do planeta, perdendo apenas para EUA, China, Japão, Alemanha e França. Mas, como o próprio Ministro da Fazendo, Guido Mantega falou, ainda falta muito para conseguirmos alcançar um padrão de vida igual ao padrão europeu (antes dessa crise, é claro). E o que Brasil precisa é aliar esse grande crescimento econômico pelo qual estamos passando com maiores investimentos na saúde, na educação, na infraestrutura, no acesso à cultura para as pessoas de classes menos prestigiadas; pois de nada adiante vivermos em um país com uma economia gigante, mas com um padrão de vida lá em baixo. 
  Entretanto, vivemos em um país cuja maioria dos governantes não está nem aí para a população. Mas não devemos esquecer de que não se trata apenas dos governantes, pois há uma grande parcela da população que vê isso, mas não se interessa pelos problemas sociais de nossa nação, nem tentar fazer a sua parte para tornar o Brasil um país mais igualitário e mais justo. 
  Espero que algum dia essa situação mude e que nosso país possa ser reconhecida pela sua grande economia e por seus altos indicadores sociais.
   

 

Internet: uma nova arma social

  Neste mês faz um ano desde o início da chamada Primavera Árabe. Ainda me lembro o quanto falavam da revolução que havia tomado a Tunísia, primeiro país a entrar nesse conjunto de protestos que mais tarde se alastrou por vários países de maioria mulçumana. E agora, depois de ver, ouvir e ler tanto sobre esses acontecimentos, vemos que o mundo está passando por mudanças não apenas na África e no Oriente Médio, mas em todo o mundo.
 O homem sempre foi uma criatura revolucionária e, mesmo sendo imperfeito e vivendo em um mundo onde muitos já consideram estar perdido, continua e sempre continuará buscando melhorar um mundo de alguma maneira. E vemos que agora, a nova maneira de protestar contra as injustiças sociais que ocorrem em nosso país e até em países muito distantes do nosso é através da Internet. Twitter, Facebook, blogs, todos esses sites que foram criados com a mera finalidade de conectar as pessoas, estão sendo usados como armas revolucionárias. E espero que sejam usadas como armas democráticas, armas que não tragam a violências, mas que tragam a paz e uma maior igualdade socioeconômica entre pessoas de um mesmo país, de um mesmo continente, de um mesmo mundo.
 

Dia Nacional da Alfabetização

  Hoje é o Dia Nacional da Alfabetização, ou seja, um dia de tamanha importância. Hoje é um dia para olharmos de um modo ainda mais especial para a educação em nosso país. É um dia para refletirmos um pouco mais sobre como é importante a alfabetização de uma pessoa, seja criança, seja adulta, seja idosa, pois não tem idade para começar e muitos menos para terminar. 
  Não quero ser clichê ou dar uma de fílosofo ou humanitário, mas apenas quero ressaltar a importância desse assunto na vida de casa brasileiro e de cada pessoa do mundo. Uma pessoa analfabeta, mesmo funcional, quase não tem uma oportunidade de emprego, e se tem é muito pouco renumerado, não dando condições para levar uma vida digna, nem para si e nem para sua família.
 "A pessoa que não lê, mal fala, mal ouve, mal vê." (Malba Tahan)

Geração alienada, geração perdida

  Vivemos em meio a uma geração alienada, e isso é um fato. É fácil perceber isso; basta prestar atenção ao tipo de música que os jovens gostam de ouvir (geralmente músicas sem sentido algum), aos livros que gostam de ler (quando gostam de ler) e principalmente a pouca quantidade de conhecimento que possuem. Por essas e outras razões, creio sinceramente que a minha geração, além de alienada, pode também ser chamada de "geração perdida".
  Os jovens de hoje estão se importando cada vez menos com seu crescimento intelectual, e cada vez mais com tudo que é culturalmente sem importância. Não quero criticar as pessoas que costumam ler livros como Crepúsculo ou que ouvem músicas de bandas coloridas, mas sim as que leem Crepúsculo nunca tendo lido um livro de Machado de Assis, por exemplo; ou as que ouvem bandas coloridas, sendo que nunca ouviram alguma música que realmente faça algum sentido.
  Fico imaginando como chegamos a esse ponto. Será culpa do governo que não investe devidamente no desenvolvimento da cultura? Será culpa dos pais que não educam seus filhos corretamente? Ou será a culpa dos próprios jovens, que não desejam ter um alto padrão cultural?


* Não quero dizer aqui que todos os jovens da atualidade são alienados, mas uma imensa maioria.

Fama e falso poder

  Pois é, lá se foi mais uma grande cantora: hoje, Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa e a suspeita é que a causa de sua morte tenha sido overdose. Mas se formos analisar bem, essa não é a primeira vez que isso acontece, pelo contrário, é um caso entre muitos de jovens astros que perderam suas vidas, pois não souberam aproveitar a fama de uma maneira saudável.
  Ao ver episódios iguais ou parecidos com o da Amy, fico imaginando que uma das consequências da fama é o fato de ela fazer com que a pessoa precise ser mais responsável, já que se a pessoa não for responsável, acaba esquecida ou até morta. Talvez a fama traga uma espécie de sensação de poder, que na verdade é falso, fazendo a pessoa pensar que é melhor que as outras em tudo e ainda fazendo com que seu comportamento mude, e desse modo muitas vezes leve-a para o mundo das drogas. O fato é que se você quiser entrar no mundo da fama, tem que ser muito forte e não deixar que a fama mexa com a sua cabeça.
 Claro que nem todas celebridades terminam de uma maneira degradante, há muitos casos de famosos que terminaram bem, tendo uma vida admirável. Mas infelizmente nem todos são assim.

Brasil: ex-país do futebol?

  Como hoje se comemora o Dia Nacional do Futebol resolvi postar algo sobre esse tema (não deixando de abordar, claro, a infeliz derrota de domingo).
  Como se sabe hoje é o Dia Nacional do Futebol e por isso deveria ser um dia bastante especial para os fãs brasileiros desse querido esporte, mas depois do fracasso e do vexame de domingo em que a seleção brasileira empatou com o Paraguai, nas quartas de finais da Copa América e não conseguiu fazer nenhum gol de pênalti, é difícil se alegrar nesse dia vendo que a seleção brasileira, ao que parece, vem piorando mais e mais. Daí surge a pergunta: será que o Brasil deixou de ser o país do futebol?
 Pode ser que seja apenas uma má fase do time brasileiro (que começou um pouco após a conquista do pentacampeonato), pode ser que a CBF não esteja encontrandos os técnicos necessários, enfim podem ser diversas coisas, mas na minha opinião, acho que os jogadores brasileiros da atualidade não jogam mais pelo amor que tem por seu time, mas apenas pelo dinheiro e pela fama. Nasci em 1996, portanto não posso dizer que sei que vi, mas muitas pessoas mais velhas que eu dizem que antigamente os jogadores não ganhavam muito e apenas jogavam pelo esporte e pelo amor a sua "camisa", o que parece não acontecer nos dias de hoje.
  O fato é que, qualquer que seja o erro de nossa seleção, espero que ele seja corrigido, e não ignorado. Não quero falar para meus filhos que costumávamos ser o país do futebol, mas sim que sempre carregaremos tal título.

Elano isolando a bola